MOMENTO REFLEXÃO: O ESCRAVO LIBERTO PELO AMOR (PARTE I)

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O ESCRAVO LIBERTO PELO AMOR (PARTE I)

"PAULO, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso cooperador,"

Todavia peço-te antes por amor, sendo eu tal como sou, Paulo o velho, e também agora prisioneiro de Jesus Cristo. Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões; O qual noutro tempo te foi inútil, mas agora a ti e a mim muito útil; eu to tornei a enviar.

Filemom versículos 1, 9, 10 e 11.

Nesse post quero apresentar à todos a Carta de Paulo escrita a Filemon. Essa carta não é tão famosa como são a de João, Pedro e Tiago. Talvez muitos já a conheçam de ouvir falar ou até mesmo já leram, mas ainda não sentiram a explosão do Evangelho demonstrada através desta epístola.

Apesar de já caminhar há 13 anos com o Senhor eu só vim conhecer contextualmente essa carta há menos de um ano. Porém, o impacto de sua mensagem só veio sobre mim há uns 5 meses.

Para discorrer sobre ela preciso antes apresentar os 3 personagens envolvidos na pequena carta.

Primeiramente o mais conhecido, o Apóstolo Paulo. Este costumava escrever para várias igrejas da época trazendo ensino e orientações diversas para as comunidades cristãs.

Escreveu também para ministros da época como Timóteo e Tito.

Porém quando escreveu a Filemon o foco da carta não foi um ensino doutrinário e muito menos orientações ministeriais. Havia ali um pedido pessoal. Pelo menos, devido algumas circunstâncias, se tornou pessoal.

Temos ainda o destinatário da Carta: Filemon. Este foi um irmão piedoso da Igreja situada em Éfeso o qual é bastante elogiado por Paulo devido suas muitas virtudes para com o Reino. Não sabemos muitos detalhes da sua vida, mas pelo escrito de Paulo constatamos que Filemon havia sido ganho para Cristo através de Paulo (v. 19) e era senhor de escravos. Aí você salta da cadeira perguntando: “Como pode ele ser piedoso e possuir escravos?!”. A escravidão sempre foi uma prática errada, mas precisamos sempre analisar o contexto histórico da época antes de formarmos juízos de valor.

Filemon viveu na época do Império Romano e nesse tempo a atividade laboral não era empregatícia. A grande maioria dos serviços prestados era através da categoria escrava. Contudo os cristãos da época eram orientados devidamente no trato com seus subalternos para, assim, evitarem práticas cruéis.

E temos, ainda, um personagem que é o foco da carta. Sim, mais do que o grande apóstolo Paulo e o nobre Filemon encontramos um grande ensinamento na experiência vivida por Onésimo.

Onésimo era escravo do irmão Filemon. Mas em algum momento e de alguma forma ele foge do seu senhor e vai para terras distantes. Nessa trajetória, por graça divina, se encontra com Paulo. Este lhe apresenta o evangelho e Onésimo recebe a Cristo como senhor e salvador. Glória a Deus! Mas ainda havia pendências a serem resolvidas. Paulo, ciente da fuga, escreve uma belíssima carta onde intercede em favor de “seu filho”.

Agora que estamos contextualizados posso compartilhar a sublime mensagem que Deus trouxe ao meu coração a partir da experiência do escravo Onésimo.

Se eu pudesse escolher o nome dessa carta eu a intitularia: “Onésimo”.

Sim, pois vejo nele o quadro existencial da humanidade carente de um encontro com Deus. Vejo nesse homem as mazelas a que estamos sujeitos quando ainda não alcançados pela graça divina.

Mas que estado seria esse?! O que acomete hoje ao homem para que este necessite de um socorro dos céus?!

Primeiro: Onésimo era escravo.

Tal situação o limitava extremamente no exercício de seus direitos e deveres (não havia direitos), não havia sobre ele proteção legal ou garantias constitucionais. A essência de sua vida era simplesmente atender comandos. Caso seu senhor não tivesse o temor de Deus o escravo ainda podia ser submetido a tratamentos cruéis e sub-humanos.

Queridos, o homem distante de Deus é escravo de um sistema. Esse sistema transcende às políticas econômicas existentes, pois está num campo essencialmente espiritual. Esse mundo está entregue ao domínio do Maligno, então todas suas estruturas estão sujeitas a sua influência opressora. Quando se está longe de Deus não há liberdade plena!

Essa prisão pode se dar de forma ostensiva (visível) quando vemos pessoas escravas do alcoolismo, da prostituição, das drogas, da violência e todas aquelas situações que podemos contemplar no dia-a-dia. Há ainda prisões de aspecto intrínseco, quando as amarras estão no íntimo das pessoas. Ganância, egoísmo, indiferença, rancor e outros são algemas que inibem o homem de viver plenamente aquilo que foi idealizado para ele.

Segundo: Onésimo estava inútil.

Longe de suas tarefas Onésimo estava em condição de inutilidade. O próprio apóstolo Paulo na carta enfatiza essa condição (v. 11). Possivelmente Onésimo passou por uma grande necessidade devido a ausência de uma ocupação. Não havia qualidade de vida.

Quando o homem se encontra longe dos caminhos do Pai ele também se torna inútil.

Esse adjetivo soa muito forte, pois entendemos que inútil é quando uma coisa ou alguém não serve pra mais nada.

Quando estudei sobre Direito das Coisas (Real) aprendi um pouco sobre o conceito de bens. E uma das classificações básicas acerca de seu uso nos mostra que existem bens necessário, úteis e Voluptuários. Os primeiros são aqueles que são essenciais a nossa subsistência (p. ex. alimentos), os segundos são aqueles que acrescentam qualidade às nossas vidas (p. ex. TV, telefone ...) e os últimos são os que simplesmente nos conferem requinte/elegância (p. ex. lustres, decorações ...)

Fora dos caminhos de Deus não há uma real qualidade de vida, não há acréscimos efetivos ao nosso viver. O trabalho é um fardo, os estudos uma opressão, os filhos uns “pentelhos”, o casamento uma droga e a vida ... um lixo existencial!

Não se vive, se vegeta!

Até mesmo os magnatas multimilionários, muitos deles, para ter uma solução pros seus dilemas da alma se entopem de anti-depressivos para, anestesiados, suportarem essa cruz que é VIVER!

Inutilidade total diante da vida!

Terceiro: Onésimo era fugitivo.

Cansado da vida de servidão, este decide escapar do peso que havia sobre sua vida. Por tal situação precisava andar em secreto!

PROCURA-SE ONÉSIMO!

A fuga o fazia bater em várias portas, mas sem poder revelar sua identidade. Todas suas estadas eram muito passageiras devido o temor de ser descoberto. E assim ele faria até um dia surgir um rumo definitivo para sua vida.

O pecado também faz isso na vida do homem. O homem sem o contato pleno de seu criador vive em constantes fugas. Sua alma castigada por uma sede eterna busca, inutilmente, se satisfazer em cisternas rotas, nada que retenha uma boa água.

Bate-se nas portas do reconhecimento humano, do sexo livre, do sucesso profissional, das falsas religiões e nada ... nada o faz parar em sua fuga. Bebe-se muito, mas ainda há sede. O vazio permanece imenso, eterno, sem fim.

Nunca há essa revelação de quem se é de fato. Só há mascaras. Um agente secreto para si mesmo.

E vai se andando por todos os desertos da vida sem encontrar uma fonte que o faça parar e repousar sua alma cansada e sobrecarregada.

E, por fim: Onésimo estava condenado à morte.

Naquela época, crime cometidos por escravos que ocasionassem prejuízos financeiros ao senhor tinha uma pena certa: A MORTE.

Se encontrado e denunciado, Onésimo seria levado a juízo e receberia sua sentença e ali terminaria sua lida escrava, inútil e fugitiva.

Onésimo foi encontrado ...

Mas o castigo da Lei foi aniquilado pelo poder da graça!

O apóstolo Paulo encontra esse pobre rapaz e o faz experimentar uma revolução em sua vida.

No próximo post compartilharei acerca dessa explosão produzida pela inflamação do EVANGELHO.

Continua

(...)

Allan Melo
OLHA O RESTO, VC NÃO VAI SE ARREPENDER, SEJA ABENCOADO!

Confira a continuação dessa mensagem, clique aqui http://allan-melo.blogspot.com/2011/04/o-escravo-liberto-pelo-amor-parte-final.html

DEUS TE ABENCOE PARA SEMPRE QUERIDO IRMÃO! SOMOS TODOS IRMÃOS SABIA?!

BJUXX BJUXX

URSULA ANDRESS

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